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sexta-feira, 29 de maio de 2015

5 grandes mentiras sobre ambientes de trabalho felizes

O que é um ambiente de trabalho feliz? Um escritório cheio de mimos, como mesas de pingue-pongue e comida à vontade? Ou um espaço totalmente livre de conflitos, capitaneado por um chefe “bonzinho”?

A origem da ideia remonta ao início dos anos 1990, quando os Estados Unidos operaram uma grande “reengenharia” da gestão moderna para fazer frente a novos concorrentes comerciais, como o Japão.
Em busca de eficiência máxima, as empresas começaram a enxugar seus quadros e a rotatividade aumentou como nunca.
No momento em que os empregadores deixaram de oferecer estabilidade em troca de lealdade, a ideia de “fazer carreira” numa mesma empresa, por toda a vida, começou a perder terreno.
Foi aí que  começou a ganhar corpo uma expectativa inédita até então: encontrar um trabalho que trouxesse uma recompensa emocional. "Já que ter um emprego estável deixou de ser uma alternativa para a maioria das pessoas, começou-se a buscar significado, prazer e diversão"
Mentiras

Recente e pouco explorado, o assunto ainda é permeado por muitos mitos. Um dos mais notáveis é o de que escritórios felizes são marcados pela ausência de conflitos.

"Atritos são e sempre serão inevitáveis". 
"O que traz felicidade não é a falta deles, mas sim o quanto você é capaz de expressá-los e resolvê-los com as outras pessoas".
A seguir, uma lista outras características falsamente atribuídas a ambientes felizes, segundo os especialistas ouvidos:

1. O escritório é cheio de “mimos”
É comum pensar em pequenos agrados, como lanches à vontade ou mesas de sinuca, como símbolos de um escritório feliz. A realidade é bem mais complicada. 

De que adianta uma mesa de pingue-pongue se o trabalho é massacrante e ninguém confia em ninguém? "Nada disso se traduz em satisfação real, principalmente se o mais importante não existe".
2. A hierarquia é mais fraca
A existência de cargos bem definidos, por si só, não é negativa. O único caso em que a hierarquia joga contra a felicidade é se ela é usada como instrumento de poder e imposição de vontades arbitrárias.

Se ela serve apenas como estrutura para facilitar a divisão de papéis e responsabilidades, não há nenhum impacto negativo sobre a qualidade do ambiente, explica o autor.
3. Há menos cobranças
Se não há agressividade ou desrespeito, a exigência por um bom desempenho está longe de provocar infelicidade. Pelo contrário. “Sentir que você é constantemente desafiado traz bem-estar e sensação de movimento".

Basta pensar no exemplo do Google.  A empresa é conhecida por seu alto nível de cobrança, mas nem por isso deixa de figurar na maioria dos rankings de empregadoras mais desejadas pelos profissionais. "Felicidade tem menos a ver com volume de trabalho e mais com motivação".
4. Ninguém está ali por dinheiro
O trabalho pode ser divertido e prazeroso - mas a contrapartida material continua sendo imprescindível. Por isso, ambientes de trabalho felizes podem, e devem, ter pessoas interessadas em aumentos e promoções.

“O que as pesquisas mostram é que você precisa ganhar o suficiente para atender às suas necessidades”. “Enquanto não se não chega nesse patamar, o dinheiro interfere sim na satisfação de todos”.
5. O chefe é “bonzinho”
Ao contrário do que se pode imaginar, líderes paternalistas causam tanta insatisfação quanto os autoritários. O problema é que lideranças condescendentes, que só fazem elogios à equipe, criam uma sensação artificial de sucesso e bem-estar.

"Quando os resultados ruins forem percebidos pela alta cúpula da empresa, esse líder bonzinho precisará tomar decisões dolorosas, como demissões", explica. "O preço vai ser pago mais cedo ou mais tarde".

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