O termo
gamefication ou gamificação é uma nova tendência de marketing digital entre as
empresas. Ainda é um conceito tímido no Brasil e que para muitos pode ser até
desconhecido. Lendo a palavra você deve estar pensando se ela pode estar
relacionada com videogames? E a resposta é sim. O objetivo dessa ferramenta é
trazer a realidade dos jogos online para ajudar a divulgar uma marca,
aproximando e captando novos clientes dentro dessas plataformas.
Quando uma empresa investe em comunicação nas redes sociais tem
maior chance de apresentar resultados positivos, sobretudo no seu
relacionamento com o cliente. E com os games online não é diferente. Integrados
às redes sociais como Facebook e Orkut, eles podem ser ótimos aliados para
divulgar e estreitar a relação com o “cliente jogador”.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e
Estatística (IBOPE), em janeiro de 2013, a média de tempo que os internautas
brasileiros passavam navegando em redes sociais era de quase dez horas e meia.
Também neste mesmo mês, a pesquisa revelou que o número de brasileiros que
acessavam a internet em casa e no trabalho, chegou a mais de 72,4 milhões de
pessoas.
Outra pesquisa recente feita neste ano pelo próprio Facebook, a
rede social mais popular da internet, mostrou que mais 250 milhões de pessoas
jogam todos os meses através do site. E outro dado aponta que o crescimento dos
jogos na rede foi de 75% na instalação dos games, comparando com março de 2012,
e cresceu também em 24% o número de jogadores. Enfim, a cada dia mais só
aumenta.
E pensando em mobilidade, com a popularização do uso da internet
em smartphones e tablets atingir os adeptos aos games online não é difícil. O
desafio aqui é adaptar os objetivos da empresa às plataformas de forma a atrair
o jogador. A ideia é realmente adotar as estratégias dos jogos para engajar os
clientes na construção e sustentação da marca.
A gamificação não é restrita ao marketing. Pode ser usado em
outras áreas como, por exemplo, no atendimento ao cliente prestado pelos
contact centers, seja interno ou externo. No primeiro caso, pode ser o operador
do contact center, que tem um perfil na plataforma online, e através do
conceito de gamificar usa a rotina de trabalho como ferramenta de interação,
cooperação e competitividade entre os próprios funcionários para medir o
desempenho deles no atendimento ao cliente.
Por essa perspectiva, o jogo pode aumentar a motivação e
produtividade do “funcionário jogador” oferecendo prêmios para cada nível e/ou
objetivo alcançado. As recompensas podem variar de selos virtuais até prêmios
físicos. Pode se tornar um desafio para o empregado. Premiar com medalhas,
troféus e barras de progresso estimulam no engajamento dentro do jogo e
posteriormente na rotina diária de atendimento.
Para implantar a gamificação em uma empresa, principalmente, no
contact center é importante definir quais são os objetivos da empresa, criar
regras e monitorar esses potenciais clientes disseminadores da marca. Treinar
os funcionários para alinhar os processos internos já que como qualquer
implantação de métodos corporativos gamificar requer know-how.
Além disso, é essencial que exista planejamento da área de TI,
já que trabalhará constantemente para aplicar as mudanças necessárias e
controlar a gestão de informação na plataforma. Aqui se faz necessário estar
atento na criação do jogo, pois para ter bom retorno, é preciso ter enredo para
cativar o participante. A gamificação precisa ter uma gestão da informação que
mensure as ações e indicadores para avaliar os resultados junto ao público
consumidor.
Pensando
nisso, a gamificação pode ajudar a entender o comportamento dos públicos. E
principalmente, estudar, planejar e atingir com ações esse jogador para que os
objetivos traçados pela empresa sejam alcançados
*Por Carlos Carlucci
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