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sábado, 4 de julho de 2009

Você é resiliente?




Posso afirmar com absoluta certeza, e até por própria experiência, que resiliência é hoje uma das mais importantes atitudes para qualquer profissional que almeja uma carreira bem-sucedida.

É preciso ser resiliente diante dos “tombos” que levamos, com os "nãos" dos clientes e dos chefes e com todos os problemas que enfrentamos em nosso dia a dia. Mas, apesar de sempre ouvirmos falar que essa atitude é fundamental para passarmos por uma dificuldade, superá-la e voltar ao nosso estado anterior, recuperando nosso equilíbrio emocional, não é nada fácil ser resiliente na prática. Na entrevista especial da edição de julho da Motivação, conversei exatamente sobre isso com Ricardo Piovan, um grande especialista no assunto.

Perguntei a ele por que muitas pessoas até compreendem a importância da resiliência e se esforçam para desenvolvê-la, mas não conseguem praticá-la na hora em que passam por uma forte pressão. E Ricardo respondeu o seguinte:

“Porque é preciso mudar comportamentos, e esse processo não é tão simples quanto parece. A mudança comportamental passa por quatro fases que, de uma forma geral, são lentas.

A primeira é quando você é inconsciente/incompetente, isto é, não tem consciência de que possui um problema comportamental e continua errando. Imagine um líder autoritário que grita com as pessoas quando as coisas saem erradas. Na maioria dos casos, ele não tem consciência desse processo e, consequentemente, erra não sendo resiliente.

Quando recebe um feedback, faz um treinamento ou lê um livro e percebe que agir assim prejudica sua carreira e a de seus liderados. Aí, ele passa para a segunda fase consciente/incompetente, ou seja, sabe que não é certo, mas seus comportamentos enraizados o fazem agir da mesma forma que na primeira, a diferença é que ele percebe que errou, pois já tem consciência. Dependendo de quão forte foi impressa a crença do autoritarismo nesse líder, principalmente na infância, será o grau de dificuldade para passar à terceira fase, que é o consciente/competente.

A boa notícia é que é possível, mas pode demorar mais ou menos dependendo de cada indivíduo. A quarta fase é o momento em que estamos inconscientes/competentes, isto é, já entramos em um piloto automático e praticamos a resiliência.”


                                                                                                                                            Karen Jardzwski

Um comentário:

Unknown disse...

O Fabinho to no aguardo de um novo texto